“Em 2004, eu estava na Ajax e a Juventus estava prestes a contratar-me. Rafael van der Vaart [o capitão de equipa] não falava comigo porque dizia que eu o tinha lesionado de propósito. Não o fiz.
Quando entrei em campo para o jogo com o Breda, os fãs do Ajax assobiaram-me – colocaram-se ao lado do van der Vaart. Ele estava lesionado e não podia jogar.
Eu joguei, marquei por duas vezes e fiz quatro assistências. Num dos golos recebi a bola com um defesa colado às minhas costas [e tinha] outro, de frente a pressionar-me, mas mantive a bola afastada dos dois. Depois virei-me e vi a baliza.
Eu estava a ir em direção à baliza a driblar os adversários… “bam, bam, bam”… ao mesmo tempo que procurava o momento para rematar. Ele não chegava, então eu continuava a passar pelos jogadores. Até que passei o guarda-redes.
Mas eu decidi, ainda assim, voltar um pouco atrás para ter um melhor ângulo para marcar. Voltei a passar pelo mesmo defesa. Estava habituado a jogar contra ele, mas não me apercebi na altura. Ele disse-me “Zlatan, eu pensava que nós éramos amigos…”. Eu pedi-lhe desculpa porque não me apercebi que era um antigo colega de equipa. Foi o meu melhor golo.
A reação do van der Vaart? Não foi um problema. Não quero saber. Nos dias a seguir assinei pela Juve.”
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