Para mim, Trovante significa muito…
E esta dupla, para mim, foi simplesmente fabulosa!
Um CD (duplo) que conheço de cada segundo, do princípio ao fim.
David Fonseca (ainda nos tempos dos Silence4) com Luís Represas.
Lembro-me de cada verso, cada entrada do David ou até de Luís Represas… É daquelas músicas que não se esquece.
[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=PZl0jmwiYjI]
Foi a culpa do concerto que transmitiram há pouco tempo na RTP-1, mas só este fim-de-semana estive a ver.
Foi sem mais nem menos
Que um dia selei a 125 azul
Foi sem mais nem menos
Que me deu para abalar sem destino nenhum
Foi sem graça nem pensando na desgraça
Que eu entrei pelo calor
Sem pendura que a vida já me foi dura
P´ra insistir na companhia
O tempo não me diz nada
Nem o homem da portagem na entrada da auto-estrada
A ponte ficou deserta nem sei mesmo se Lisboa
Não partiu para parte incerta
Viva o espaço que me fica pela frente e não me deixa recuar
Sem paredes, sem ter portas nem janelas
Nem muros para derrubar
Talvez um dia me encontre
Assim talvez me encontre
Curiosamente dou por mim pensando onde isto me vai levar
De uma forma ou outra há-de haver uma hora para a vontade de parar
Só que à frente o bailado do calor vai-me arrastando para o vazio
E com o ar na cara, vou sentindo desafios que nunca ninguém sentiu
Talvez um dia me encontre
Assim talvez me encontre
Entre as dúvidas do que sou e onde quero chegar
Um ponto preto quebra-me a solidão do olhar
Será que existe em mim um passaporte para sonhar
E a fúria de viver é mesmo fúria de acabar
Foi sem mais nem menos
Que um dia selou a 125 azul
Foi sem mais nem menos
Que partiu sem destino nenhum
Foi com esperança sem ligar muita importância àquilo que a vida quer
Foi com força acabar por se encontrar naquilo que ninguém quer
Mas Deus leva os que ama
Só Deus tem os que mais ama
Eu também junto outras, sobretudo Timor… mas isso é porque vivi a questão da sua luta intensamente
Cefaria,
A “Timor” é espectacular também. Mas recordo-a pelas piores razões. Quando era criança, a nossa RTP-Açores fartou-se de transmitir esta música, em conjunto com as imagens chocantes dos problemas que Timor atravessou naquela época… Eram crianças a chorar, a correr, sangue… fiquei marcado por esta música ser passada na RTP-A desta forma.
Mas é bonita na mesma. 🙂
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É tão estranho ver o que era o DF em palco e compará-lo com agora!!
Como eu concordo contigo. Ele é uma verdadeira prova de evolução vsem dúvida. 😉