“Não sou mais um, penso que sou especial”. A frase, proferida em 2004, valeu a alcunha de “Special One” a José Mourinho, um treinador que responde aos críticos com 17 títulos conquistados em 10 anos de carreira.

Mourinho com um relógio especial... daqueles que adoro.... Franck Muller
Quando fez a afirmação, ao ser apresentado no Chelsea, Mourinho era o campeão europeu em título, mas ainda só tinha seis dos 17 troféus, entre os quais duas Ligas portuguesas, duas inglesas, duas italianas, duas Ligas dos Campeões e uma Taça UEFA.
Aos 47 anos, só não conquistou títulos no Benfica e União de Leiria, os primeiros clubes. Desde 2002/03, foi coleccionando troféu no FC Porto, Chelsea e Inter de Milão, com a excepção de 2007/08 – deixou Londres em Setembro.
Chegou ao Benfica à quinta jornada de 2000/01 e cumpriu 11 jogos, saindo em Dezembro depois de reclamar ao novo presidente, Manuel Vilarinho, que o confirmasse para a época seguinte, após derrotar o Sporting na Luz (3-0).
Este triunfo e a saída são os momentos que considerou os mais marcantes no Benfica, onde chegou, pela mão de João Vale e Azevedo, três meses após deixar de ser adjunto de Louis van Gaal em Barcelona.
Seguiu-se Leiria, onde destaca “o crescimento da equipa até chegar ao quarto lugar”, à frente do Benfica. Saiu para o FC Porto após oito jogos seguidos sem perder.
Contratado pelo FC Porto em Janeiro de 2002, para substituir Octávio Machado, estreou-se à 20.ª jornada e prometeu na apresentação o título na época seguinte.
Cumpriu a promessa com juros: ao Dragão chegaram dois títulos nacionais, uma Taça UEFA, uma Liga dos Campeões, uma Taça de Portugal e uma Supertaça lusa. “No FC Porto… a ‘Champions’. O máximo, a equipa chegou ao paraíso”, frisa.
Chegou a Londres no verão de 2004 com a medalha de campeão europeu para orientar o Chelsea, que não conquistava o título há 50 anos. Em Inglaterra tornou-se “superstar”: o sobretudo Armani, a forma exuberante de estar no banco e a relação afectiva com jogadores e adeptos tornaram-se imagens de marca.
Mas isso de pouco valeria se não tivesse ganho tudo internamente (duas Ligas, uma Taça, duas Taças da Liga e uma Supertaça). Foi ainda duas vezes semifinalista da Liga dos Campeões.
A 20 de Setembro de 2007, dia em que cumpria sete anos como treinador principal, rescindiu contrato com o Chelsea, após a estreia na fase de grupos da “Champions”.
Quase se tornou seleccionador de Inglaterra, mas os nove meses de paragem terminaram quando assinou pelo Inter, para ganhar duas Ligas, uma Taça, uma Supertaça e ainda uma Liga dos Campeões.
“No Inter, o triplete completo em 15 dias. Taça de Itália, campeonato, meias-finais (da Liga dos Campeões) com o Barcelona e final com Bayern. Sobre-humano”, destaca da sua passagem pelo clube italiano, que não era campeão europeu há 45 anos.
Agora tem um novo desafio em Madrid, onde pretende deixar uma marca:
“No Real quero ser visto um dia como um grande profissional, que trabalhou nos limites, que se preocupou com o crescimento do clube de futebol e suas estruturas. E, se possível, que tenha ganho títulos”.
Ele é o Melhor do Mundo! Por isso, o título “Especial” é merecido!
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