Ontem estava a ver televisão e deparei-me com uma notícia muito interessante (não me lembro o canal). Sobre a mulher mais corajosa do mundo: Nancy Wake
Abaixo, segue um artigo que procurei depois na Internet com a sua história (em Português-Brasil).
A Austrália homenageou nesta segunda-feira Nancy Wake, heroína da Segunda Guerra Mundial, que participou da Resistência francesa e foi durante algum tempo a mulher mais procurada pela Gestapo, falecida em Londres no domingo.
Nancy Wake, apelidada de “rato branco” durante a guerra por sua capacidade de escapar dos soldados alemães, morreu no domingo em um hospital londrino poucos dias antes de completar 99 anos.
“Ela foi uma espiã magnificamente eficaz“, declarou a primeira-ministra australiana Julia Gillard.
“Nancy Wake era uma mulher dotada de coragem e recursos excepcionais, cujas proezas ousadas salvaram a vida de centenas de pessoas das forças aliadas e ajudaram a acabar com a ocupação nazista na França”, completou.
Wake era a australiana mais condecorada por suas ações durante a Segunda Guerra Mundial.
Ela recebeu a Legião de Honra na França, a medalha Rei George da Grã-Bretanha e a medalha da Liberdade dos Estados Unidos.
Nasceu na Nova Zelândia, mas cresceu na Austrália. Políticos dos dois países homenagearam nesta segunda-feira a mulher que sobreviveu a vários confrontos com o inimigo, sendo atingida em um deles, e ficando por um período na prisão durante a guerra.
A ministra neozelandesa para os Veteranos, Judith Collins, descreveu Wake como “uma mulher de coragem e tenacidade excepcionais, que deixou de lado qualquer preocupação com a própria segurança e colocou em primeiro lugar a causa da liberdade“.
O líder do Partido Nacional Australiano, Warren Truss, disse que as façanhas de Wake “eram coisas de lenda”.
“Todos os australianos se sentem muito orgulhosos desta maravilhosa mulher”, disse.
Ela fugiu de casa aos 16 anos e no início dos anos 1930 morava em Paris, onde trabalhou como jornalista.
Testemunhas do fascismo na Europa, Wake e o marido, o rico industrial Henri Fiocca, se uniram à Resistência após a rendição da França em 1940.
O casal ajudou pessoas que trabalhavam para os aliados e os refugiados judeus a escapar para a Espanha. Em 1943, Wake seguiu o conselho do marido e fugiu para a Grã-Bretanha, onde começou a trabalhar em operações especiais.
Voltou para a França em abril de 1944, antes do Dia D. Ela saltou de paraquedas com a missão de ajudar a distribuir armas aos combatentes da Resistência.
“Naquela época era mais seguro, ou uma mulher tinha mais chances que um homem de se movimentar na região porque os alemães prendiam os homens sem motivo”, contou anos mais tarde.
Wake não voltou a ver o marido. Apenas depois da libertação da França ela soube que Fiocca havia sido assassinado pela Gestapo em agosto de 1943.
Depois da guerra, retornou à Austrália em 1949, onde tentou sem sucesso obter uma vaga no Parlamento.
Em 1957 voltou para Grã-Bretanha, onde se casou com o oficial da Royal Air Force John Forward, mas o casal se mudou para a Austrália dois anos depois e residiu na Oceania por quase quatro décadas, até a morte de Forward em 1997.
Wake voltou mais uma vez ao Reino Unido em 2001.
Ela deve ser cremada em uma cerimônia privada e as cinzas serão espalhadas em Montluçon, centro da França, onde lutou em 1944, como era seu desejo.
Fonte:
Wikipedia
UOL Notícias
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