Nos dias que correm, não acredito que os jovens nunca tenham visto, pelo menos um episódio de CSI, seja ele Miami, ou outro qualquer.
Hoje encontrei um artigo interessante e que fala nesta série e na sua relação com decisão de muitos jovens em ir para cursos relacionados com esta área. Mas o que parece ser um lugar fabuloso para trabalhar, pode tornar-se, na realidade, um inferno!
“Tudo é falso. As séries de televisão são um problema muito grave com que temos de lidar, porque as pessoas vêm ter connosco com ideias distorcidas”, disse à Agência Lusa Francisca Rebocho, mestre em ciências forenses.
Esta docente da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Fernando Pessoa diz que, “desde que o fenómeno CSI se soltou, soltou-se o inferno”.
Estas séries, esclarece, “são fantasiosas e puro entretenimento”, mas “as pessoas baralham tudo e acreditam que, após receberem formação, vão trabalhar em laboratórios sofisticadíssimos e ir para o terreno”. Apesar de diferentes do fenómeno CSI, as técnicas de investigação criminal como o “profiling” – técnica forense que visa traçar o perfil do criminoso a partir da cena do crime – são reconhecidas como uma ajuda aos investigadores criminais. Os “profilers” são, no entanto, “pessoas normais” que adquirem uma formação e não seres especiais, com características fora de série, como a capacidade de ler a mente do criminoso, como algumas séries transmitem.
Nunca pensaram fazer desta a vossa vida? Eu já… mas coloquei estas questões a mim mesmo e vi que, realmente, não seria assim tão parecido como nas séries.
Fonte:
É que nem aproposito. Neste momento estou a ter uma cadeira CSI 😛 no meu mestrado tenho Ciências Forenses e realmente é o que tu dizes no teu post, o trabalho de um profissional na área é bastante desvirtuado no CSI. Eu diria mesmo que é um trabalho repetitivo, porque acabas sempre por fazer o mesmo. No entanto não posso dizer monótono, talvez incomodativo, pois a rapariga que me deu as práticas relatou o seu primeiro dia de trabalho… Disse que de manhã chegou um caso de uma violação a uma idosa de 96 anos e à tarde uma violação a um bébé de 2. Chocante mesmo!!!
Que as metodologias e tudo o resto não eram assim como mostram no CSI eu tinha a noção, agora nunca pensei que o trabalho a desenvolver fosse como é. Confesso que até eu fiquei desiludida (não é que fosse área que eu quise-se seguir…)
bjs
Curiosamente, este semestre fiz um trabalho sobre este tema para uma cadeira… Lá está, é o típico caso em que demasiada informação é bastante prejudicial para qualquer pessoa, seja ela criança, adolescente, idoso ou até um adulto!